Foi publicada no Diário Oficial da União de ontem a lista dos primeiros
656 médicos intercambistas que tiveram seus registros para atuar no
Programa Mais Médicos expedidos pelo Ministério da Saúde. No início da
semana, a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que permite à pasta
fazer esse registro. Desde o começo do programa, estrangeiros
enfrentavam dificuldades para conseguir a autorização obrigatória nos
conselhos regionais de medicina (CRMs).
O Ministério emitiu registros para estrangeiros ou brasileiros formados
no exterior selecionados na primeira fase do Mais Médicos. De acordo com
a lei que rege o programa federal, mesmo os profissionais que já tinham
conseguido obter registro nos CRMs, e já estavam em atividade, têm de
ser registrados pelo Ministério.
Nesses casos, o registro do CRM
deve ser cancelado e substituído pelo documento emitido pelo Ministério
da Saúde. Ainda segundo a Pasta, 196 médicos da primeira seleção ainda
não haviam começado a trabalhar pelos atrasos na emissão dos registros. O
programa do governo federal tem o objetivo de levar profissionais
brasileiros e estrangeiros para atender a população em áreas carentes
das grandes cidades e no interior do País.
Segundo a portaria
publicada, foi concedido o "registro único para o exercício da medicina,
no âmbito do Projeto Mais Médicos para o Brasil" aos intercambistas. A
portaria também determina a expedição das respectivas carteiras de
identificação aos profissionais, por terem "atendido a todos os
requisitos legais".
O Ministério passou a poder emitir registros
provisórios para profissionais estrangeiros e brasileiros formados no
exterior a partir da publicação, na última quarta-feira, da lei que
instituiu o programa. A possibilidade de a pasta conceder essa
autorização foi incluída no texto da lei porque médicos estrangeiros
contratados pelo programa estavam com dificuldades para conseguir os
registros CRMs.
De acordo com o governo federal, em alguns casos
os conselhos regionais de medicina estavam exigindo dos profissionais
estrangeiros documentos para obter o registro além daqueles exigidos
pela lei.
Na terça, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou
sobre a questão. "O fato de o Ministério passar a fazer o registro não
tira nenhuma competência dos conselhos de medicina. Queremos que eles
fiscalizem. Nada melhor que os conselhos fiscalizem todos os médicos do
nosso país. Nada melhor que isso para o SUS", disse o ministro.
Fonte: Site Diário do Nordeste.
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