Em Nova Olinda, 11 servidores municipais procuraram a Promotoria de
Justiça do Ministério Público do Estado (MP-CE), no último dia 14 de
outubro, para denunciarem perseguição política por parte do prefeito
Ronaldo Sampaio (PSD) e secretários, onde estão lotados.
A
denúncia veio após a realização de Audiência Pública, realizada pelo MP,
por meio do promotor Raimundo José Bezerra Parente, no dia 06 de
setembro, onde foi recomendado que a administração suspendesse os
descontos irregulares nos salários dos servidores concursados, por conta
do Projeto de Lei (13/2013), de 07 de julho de 2013, sob pena de serem
adotadas as medidas legais.
A orientação do MP garantiu o direito
dos servidores concursados em 1997, cujo edital previa uma jornada de
trabalho de 20 horas semanais. Mas, que desde janeiro de 2013, por
vontade do prefeito, os profissionais tiveram que cumprir o dobro das
horas previstas, sob pena de corte nos salários pelas horas,
supostamente, não trabalhadas. Ainda segundo a orientação do MP, a
prefeitura deveria os descontos já efetuados, o que, segundo
informações, não foi cumprido pela administração.
De posse da
orientação do MP, a administração respondeu no dia 16 de setembro, que
acataria a recomendação, pelo menos, até que a Câmara apreciasse Projeto
de Lei (PL), que versava sobre o assunto e que estava em tramitação na
Casa. O problema é que n dia 04 de outubro, o prefeito Ronaldo Sampaio,
por meio de Medida Provisória, alterou a Lei Orgânica, obrigando os
funcionários a cumprirem às 40 horas semanais.
Segundo os
servidores denunciantes, o prefeito voltou a descontar, desde o mês de
setembro, dos servidores que não cumpriram às 40 horas. Os funcionários
denunciam ainda que houve descontos de dias trabalhados, como se não
tivesse sido. Na denúncia são exemplificados casos de servidores que
receberam menos da metade dos vencimentos.
Os servidores esperam
resposta do MP e pedem uma solução para o problema que se arrasta desde o
início da atual gestão. A expectativa, segundo a organização dos
denunciantes, é que órgão tome as medidas judiciais necessárias. O
prefeito não foi encontrado para comentar o assunto.
Fonte: Jornal do Cariri.
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