A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), através da
sua Coordenadoria de Inteligência (Coin), trabalha em investigações
compartilhadas com a Polícia Federal e a Delegacia de Roubos e Furtos
(DRF), na tentativa de prender os dois criminosos apontados como
suspeitos de comandar as recentes ações de ataques e explosão a bancos
no Interior do Ceará.
De janeiro até hoje, 68 bancos foram
assaltados e, em 28 deles, houve a detonação de artefatos que destruíram
caixas eletrônicos e cofres, além de comprometer a estrutura física das
agências. Algumas delas ruíram completamente.
Os dois bandidos
tidos como chefes da quadrilha já são ´velhos´ conhecidos da Polícia
cearense, Francisco de Assis Fernandes da Silva, o ´Irmão´ ou
´Barrinha´; e Francisco Gilson Lopes Justino, que tem o apelido de ´Meia
Luz´.
Os dois bandidos
cearenses, segundo investigações da Inteligência, teriam se aliado a
criminosos de outros Estados vindos para o Nordeste nos últimos meses
com o único objetivo de ´estourar´ bancos.
Os ataques das
quadrilhas são praticados numa autêntica repetição de cenas. Parte do
bando rende policiais e a outra explode o banco. Na fuga, veículos são
incendiados nas estradas.
Os dois assaltantes caçados são donos de extensas fichas criminais e já têm passagens pelo Sistema Penal do Ceará.
Além
do envolvimento com ataques a bancos, conforme a Polícia, ´Irmão´
também tem ligação com casos de sequestro no Ceará e outros Estados.
Já
o bandido conhecido como ´Meia Luz´, esteve preso várias vezes e
protagonizou, ainda, um episódio polêmico na Segurança Pública, quando
revelou ter sido vítima de tortura policial.
Ele teria se juntado
a outros criminosos para os ataques com cidades literalmente sitiadas.
Armas de grosso calibre, como fuzis e metralhadoras, carabinas e
artefatos explosivos estariam ´alugadas´ nas mãos das quadrilhas
interestaduais.
Após cada assalto, o arsenal é devolvido e o
´aluguel´ das armas pago com parte do dinheiro tirado dos caixas e
cofres das agências bancárias. Os grupos vêm atacando de forma contínua e
em, praticamente, todas as regiões do Estado. Seriam, pelo menos, seis
quadrilhas mescladas de bandidos cearenses, paulistas, pernambucanos,
baianos e cariocas. Ex-integrantes das Forças Armadas, com conhecimento
em artefatos, estariam infiltrados nesses bandos e são conhecidos como
´explosivistas´.
Há cerca de dois meses, a Polícia cearense
conseguiu prender um deles. Era o ex-fuzileiro naval Bruno Rafael
Vasconcelos, do Rio de Janeiro, que teria participado de ataques a, pelo
menos, cinco agências bancárias no Interior do Ceará. Com o grupo dele
foram apreendidos fuzis, escopetas e outras armas.
Fonte: Diário do Nordeste.
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