Do total de 1.595 médicos formados no exterior que fizeram o Revalida
neste ano, apenas 155 (9,7%) seguirão para a segunda etapa da prova.
Esse é o menor percentual já registrado nessa fase do exame.
Em
2011, quando o Revalida foi oficializado, o percentual de aprovados na
primeira fase foi de 14,2%. No ano seguinte, o índice foi de 12,5%.
Composta por 110 questões objetivas e 5 discursivas, essa é a etapa que
elimina a maior parte dos inscritos.
O exame federal é utilizado hoje por 37 universidades públicas para a revalidação do diploma de medicina.
Como
mostrou reportagem da Folha, o Inep, órgão do Ministério da Educação
responsável pelo exame, adiou por duas vezes a divulgação do resultado.
Inicialmente previsto para 11 de setembro, a lista de aprovados foi
adiada para 26 de setembro e, em seguida, para a data de hoje. O
resultado foi divulgado pelo Inep apenas no fim da tarde desta
segunda-feira (28).
Integrantes do governo chegaram a associar o
atraso à tramitação, no Congresso Nacional, da medida provisória que
criou o Mais Médicos. Um resultado negativo no exame, avaliaram, poderia
tumultuar o debate no Legislativo.
Uma das principais polêmicas
do programa federal, que visa aumentar a presença de médicos no interior
e em periferias de capitais, é a permissão para que médicos formados no
exterior atuem no Brasil sem revalidar o diploma.
O Inep nega
haver relação entre o adiamento da divulgação do resultado e o Mais
Médicos. O instituto afirma que o motivo foi o volume de inscritos nesta
edição: houve um aumento de 75,5% em comparação ao número de
participantes no ano passado.
Os 155 médicos aprovados na primeira etapa passarão ainda por uma nova
fase do exame. No final de novembro, eles farão prova prática em
Brasília e só então o resultado final será divulgado.
No ano
passado, do total de 884 candidatos que fizeram o exame, só 8,7% puderam
revalidar o diploma. Em 2011, o percentual foi de 9,6%. Diante das
altas taxas de reprovação, o Inep chegou a anunciar um pré-teste para a
participação de formandos de medicina matriculados em instituições
nacionais.
O objetivo era avaliar o grau de dificuldade do Revalida e, eventualmente, calibrar o exame.
A
iniciativa, no entanto, não foi colocada em prática. Diante do número
insuficiente de formandos inscritos o Inep não levou o pré-teste
adiante. Apenas 505 estudantes confirmaram participação no pré-teste - a
adesão era voluntária. O objetivo do instituto era ter um universo de
cerca de 4.000 participantes.
Fonte: Site Folha.
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