segunda-feira, 14 de outubro de 2013

POPULAÇÃO DE LAVRAS DA MANGABEIRA DEPREDA PRÉDIO DA CAGECE REVOLTADA COM A FALTA DE ÁGUA

Revoltada com as constantes falta de água na cidade, parte da população de Lavras da Mangabeira realizou um protesto na manhã desta segunda-feira (14) defronte ao escritório local da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE). A manifestação “inicialmente pacífica acabou em tumulto generalizado”, conforme relata o radialista Manoel Messias Nunes.


Manoel descreve que cerca de 500 pessoas entoavam gritos de ordem exigindo o reabastecimento na cidade. No entanto, após “uma pequena minoria perceber que não seriam ouvidas, começaram o quebra-quebra”. Grades de proteção, janelas e portas foram destruídas.

Algumas pessoas conseguiram entrar no prédio destruindo mesas, cadeiras, computadores, divisórias, central de ar-condicionado, material de escritório, telefones e outros objetos. Duas pessoas chegaram ser detidas portando bombas juninas, porém, foram liberadas em seguida.

“São trinta dias sem uma gota de água em nossas torneiras”, conta Manoel. “Quem depredou está errado, mas não condeno, talvez estivessem movidos pela emoção, afinal, não é fácil ficar sem água e no fim do mês, a conta chegar e termos que pagar”, acrescenta ele.

A polícia militar da cidade contou com o apoio policial de Várzea Alegre e Cedro. A confusão foi controlada por voltas das 11horas, duas horas após o início dos protestos. O prédio não dispunha de câmera de seguranças.

A companhia informou que o desabastecimento é ocasionada pelo rompimento frequente da adutora responsável por fazer a captação da água para distribuição no município. Neste domingo, foi detectado um novo vazamento e que os operários da empresa estão realizando o reparo, cuja conclusão estava prevista ainda para ontem.

Para solucionar o problema, a CAGECE realizou com mão-de-obra própria a substituição de parte da adutora por uma mais nova. Para a substituição do trecho restante, é necessária a contratação de uma empresa para realização do serviço. Uma primeira licitação foi realizada, mas a empresa não apresentou condições para a realização da obra. Dessa forma, a CAGECE vai fazer uma nova licitação para fazer a substituição da adutora antiga.

Fonte: Site Miséria.

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