Revoltada com as constantes falta de água na cidade, parte da
população de Lavras da Mangabeira realizou um protesto na manhã desta
segunda-feira (14) defronte ao escritório local da Companhia de Água e
Esgoto do Ceará (CAGECE). A manifestação “inicialmente pacífica acabou
em tumulto generalizado”, conforme relata o radialista Manoel Messias
Nunes.
Manoel descreve que cerca de 500 pessoas entoavam
gritos de ordem exigindo o reabastecimento na cidade. No entanto, após
“uma pequena minoria perceber que não seriam ouvidas, começaram o
quebra-quebra”. Grades de proteção, janelas e portas foram destruídas.
Algumas
pessoas conseguiram entrar no prédio destruindo mesas, cadeiras,
computadores, divisórias, central de ar-condicionado, material de
escritório, telefones e outros objetos. Duas pessoas chegaram ser
detidas portando bombas juninas, porém, foram liberadas em seguida.
“São
trinta dias sem uma gota de água em nossas torneiras”, conta Manoel.
“Quem depredou está errado, mas não condeno, talvez estivessem movidos
pela emoção, afinal, não é fácil ficar sem água e no fim do mês, a conta
chegar e termos que pagar”, acrescenta ele.
A polícia militar da
cidade contou com o apoio policial de Várzea Alegre e Cedro. A confusão
foi controlada por voltas das 11horas, duas horas após o início dos
protestos. O prédio não dispunha de câmera de seguranças.
A
companhia informou que o desabastecimento é ocasionada pelo rompimento
frequente da adutora responsável por fazer a captação da água para
distribuição no município. Neste domingo, foi detectado um novo
vazamento e que os operários da empresa estão realizando o reparo, cuja
conclusão estava prevista ainda para ontem.
Para solucionar o
problema, a CAGECE realizou com mão-de-obra própria a substituição de
parte da adutora por uma mais nova. Para a substituição do trecho
restante, é necessária a contratação de uma empresa para realização do
serviço. Uma primeira licitação foi realizada, mas a empresa não
apresentou condições para a realização da obra. Dessa forma, a CAGECE
vai fazer uma nova licitação para fazer a substituição da adutora
antiga.
Fonte: Site Miséria.
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