O Ceará é o quarto do ranking nacional – 26 Estados e mais o Distrito
Federal – no número de beneficiados, posição 2012, com o Programa Bolsa
Família (PBF), com um total de 3,8 milhões de pessoas. No primeiro
lugar está a Bahia, com 6,0 milhões, seguido por São Paulo, com 4,4
milhões e Minas Gerais, com 4,2 milhões. Em quinto está o Pernambuco,
com 3,6 milhões e Maranhão, com 3,3 milhões, em sexto. O Ceará também
fica em quarto lugar no Brasil na proporção de beneficiados em relação à
população, com 44,6%. Neste caso, o Maranhão surge em primeiro lugar,
com 50,3%; Piauí, com 48,5%, e Alagoas, com 46,9%.
O repasse de recursos oriundos do Programa Bolsa Família para o
Ceará, em 2012, totalizou R$ 1,6 bilhão. Desse montante, Fortaleza
recebeu mais de R$ 277,5 milhões, correspondendo a 17,22% do total para o
Ceará. Jati, general Sampaio, Itaiçaba, Arneiroz, Baixio, Ererê,
Pacujá, São João do Jaguaribe, Granjeiro e Guaramiranga são os dez,
dentre os 184 municípios cearenses, que têm os menores números de
pessoas beneficiadas com o PBF. Os dez maiores são: Fortaleza, Caucaia,
Juazeiro do Norte, Maracanaú, Sobral, Itapipoca, Crato, Maranguape,
Canindé e Tianguá.
Em 98 dos 184 municípios cearenses (cerca de 53%), em 2012, o repasse
de recursos do Programa Bolsa Família (PBF) representou mais de 50% do
volume de recursos oriundo do Fundo de Participação dos Municípios
(FPM). Tal resultado – explica o professor Flávio Ataliba - demonstra a
importância do PBF para a maior parte dos municípios, pois “um volume de
50% da principal fonte de receita desses municípios é distribuído
diretamente para as famílias beneficiadas, sendo revertida em consumo de
subsistência e impactando positivamente na economia local”.
O analista de políticas públicas Nicolino Trompieri Neto observa que
no total repassado aos municípios do Estado, entre os anos de 2009 a
2012, no que diz respeito ao PBF e ao FPM, é possível perceber uma
redução da diferença entre estas duas formas de transferência de
recursos pela União ao longo dos anos. Em termos proporcionais, em 2009 o
PBF correspondeu a 48,52% do FPM, ou seja, R$ 1,19 bilhão, passando
para 56,43 em 2012, o que representa R$ 1,611 bilhão. O repasse total do
FPM foi de R$ 2,45 bilhões, em 2009, e de R$ 2,85 bilhões no ano
passado.
Os números estão no Enfoque Econômico nº 86 – “A Importância do Bolsa
Família para a Dinâmica Econômica dos Municípios Cearenses”, que acaba
de ser lançado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do
Ceará (Ipece), Órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão
(Seplag) do Governo do Estado. O documento, elaborado pelos economistas
Nicolino Trompieri Neto; Cleyber Nascimento de Medeiros; Jimmy Lima de
Oliveira e Raquel da Silva Sales, sob a coordenação do professor Flávio
Ataliba, diretor Geral, pode ser acessado no site do Ipece.
Cleyber Nascimento de Medeiros, analista de políticas públicas do
Instituto, ressalta que o repasse do Programa Bolsa Família, criado pelo
Governo Federal para erradicar a pobreza e a pobreza extrema no Brasil,
chega bem próximo de ultrapassar os repasses constitucionais do FPM em
algumas cidades cearenses, tornando-se um mecanismo que representa, para
os municípios com maior contingente de população pobre, a principal
fonte de recursos, sendo também importante no combate às disparidades
regionais.
Para o Diretor Geral do Ipece, os recursos oriundos do PBF têm
contribuído para dinamizar a economia e o comércio local dos municípios,
contribuindo para amenizar as desigualdades municipais, colaborando
também para disponibilizar renda para a população mais pobre,
principalmente as pessoas que residem na zona rural do Ceará, que vêm
enfrentando um forte processo de estiagem nos dois últimos anos.
Fonte: Site Governo do Estado do Ceará.
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