Catástrofes naturais sempre são motivo de grande temor em toda parte do
mundo. As tempestades, os furacões, os terremotos acontecem de forma
severa e acabam devastando cidades, causando prejuízos irreparáveis e
tirando milhares de vidas. Em Fortaleza, o que anda assustando a
população é o boato de que uma grande onda chegará à capital cearense.
Mas a ciência explica que as possibilidades são extremamente remotas.
A
notícia tomou grande proporção devido à participação de um vidente na
mídia local afirmando que, no dia 24 de novembro deste ano, um tsunami
assolaria parte do Brasil, e as regiões mais prejudicadas seriam os
litorais Norte e Nordeste.
A revelação causou espanto,
principalmente nas famílias moradores das áreas costeiras da praia.
Pessoas já pensam em sair de casa, salvar bens, proteger a família,
buscar um local seguro, longe do maremoto. "Todos aqui do bairro e das
redondezas estão preocupados. Pensam até em se mudar pra fugir da onda",
comenta Laélia Pessoa, 38, moradora do bairro Pirambu.
No
entanto, de acordo com pesquisas do Instituto de Ciências do Mar
(Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC), as chances de uma
gigantesca onda atingir o país são mínimas. "Não existe nenhuma
evidência científica que comprove esse fato. Além disso, em toda a
história, nunca tivemos registros de vulcões, terremotos e outras
catástrofes aqui no Brasil", explica o professor de Oceanografia do
Labomar, Carlos Teixeira, com o objetivo de tranquilizar a população.
Estudos
revelam que, caso haja uma erupção vulcânica nas Ilhas Canárias,
situadas no Oceano Atlântico, poderá acontecer a tão falada onda. Mas
isso só ocorrerá se for seguido de uma série de outros fenômenos, como a
intensidade da erupção, uma parte específica da ilha (que é banhada
pelo Atlântico) desmoronar no mar, e a velocidade dessa queda.
Ainda
assim, acredita-se que esse fenômeno não chegará ao nosso país.
"Estudos teóricos confirmam isso. As chances de acontecer são quase
nulas", enfatiza o professor.
Fonte: Site Diário do Nordeste.
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