Um dos prédios históricos mais antigos da cidade de Barbalha está com a
sua estrutura comprometida. O Palácio 3 de outubro, construído na gestão
palaciana do imperador Dom Pedro II, no século XIX, se encontra
em situação de abandono. A população local e vereadores reivindicam a
revitalização do prédio histórico que, atualmente, tem sido usado como
ponto de encontro para a prostituição e usuários de drogas.
Durante
a sessão da Câmara Municipal, o vereador Bosco Vidal (PR) discutiu
o atual estado do Palácio 3 de outubro e defendeu a revitalização do
imóvel. O pedido, realizado na Casa Legislativa no final do mês de
outubro, foi enviado à Secretaria de Cultura e Turismo do
Município. Segundo o parlamentar, ele e o vereador Damião Elias do
Amaral (Hélio da Lagoa – PDT) têm uma viagem prevista para o próximo dia
26 de novembro, à Brasília, quando deverão levar a problemática aos
Ministérios do Turismo e da Cultura.
Com uma arquitetura que
impressiona a quem passa pelo local, o prédio histórico sofre com as
marcas do tempo, ao longo dos seus 136 anos de fundação. Para o
comerciante Francisco Sales, é preciso que a sociedade se mobilize a
fim de evitar que ocorra um desabamento. “Esse é um dos prédios mais
bonitos do centro da cidade, não podemos perdê-lo”, afirma
O
Palácio 3 de outubro foi um dos primeiros a ser tombado pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Arquitetônico (IPHAN) do Estado do Ceará, em
Barbalha. A estrutura foi erguida no ano de 1877, a pedido do
imperador Dom Pedro II, com o intuito de ofertar trabalho aos
flagelados da seca. O local também serviu de sede para a Secretaria de
Cultura, Câmara Municipal e Cadeia Pública.
Em 2004, parte do
prédio caiu com as fortes chuvas da quadra invernosa. “Barbalha corre o
risco de perder um importante patrimônio histórico”, destaca o
memorialista Francisco Cândido, conhecido por Jackson Macaxeira. O
Jornal do Cariri tentou contato com o secretário de Cultura e
Turismo, Antônio de Luna, mas não foi atendido até o fechamento desta
edição.
Fonte: Jornal do Cariri.
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