O ex-ministro Ciro Gomes, recém-desfiliado do PSB por discordar da candidatura presidencial do governador de Pernambuco e presidente nacional do partido, Eduardo Campos, fez duras críticas ao pernambucano.
Ele afirmou que Campos "é um zero completo, um oportunista puro e
simples". Para Ciro, Campos "controla a burocracia [do partido] como uma
capitania hereditária que ele herdou do avô [Miguel Arraes,
1916-2005]". "Eu acho que ele está em uma aventura pessoal, vai afundar o
PSB nisso, mas é problema dele", disse.
Na avaliação de Ciro, Campos é "um zero completo, um oportunista puro e simples"
O grupo de Ciro Gomes no PSB cearense, liderado por seu irmão, o
governador Cid Gomes, resolveu se desfiliar do partido por ser favorável
ao apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff, e deve decidir na
noite de hoje pela filiação ao Pros. O ex-ministro Ciro atualmente é
secretário de Saúde do Ceará, convidado pelo irmão para o cargo.
Após
uma palestra em Fortaleza sobre os problemas da economia brasileira,
que Ciro classificou como a maior ameaça à reeleição de Dilma, o
ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional disse que, apesar disso,
"pela debilidade de seus adversários, ela é a franca favorita".
Na avaliação de Ciro, Campos está "comprometido" com os problemas do
governo Dilma por ter participado dele até agora -há duas semanas, o PSB
decidiu entregar os cargos que ocupa na gestão federal. "Ele não vai
conseguir demonstrar nunca que o oportunismo dele de resolver vir pelas
costas da gente agora, na véspera das eleições, dá coerência para ele
ser crítico disso tudo", afirmou Ciro.
O ex-ministro disse que há "contradições éticas, funcionais,
políticas e de condução estratégica" no governo federal, mas que Campos
não tem "formulação nenhuma para resolver isso". "O que acrescentamos ao
país no debate? Zero, Eduardo é um zero completo, um oportunista puro e
simples."
Para ele, a candidatura da ex-senadora Marina Silva, que tenta
fundar o partido Rede Sustentabilidade, tem mais "legitimidade", porque
ela "não se aliou no segundo turno [das eleições passadas] e ficou aí
na chuva. Se alguém merece ser eleito só porque nega tudo que está aí, é
a Marina".
Sobre a economia brasileira, o ex-ministro afirmou que o Banco
Central erra ao subir a taxa de juros para tentar frear uma inflação que
não é provocada pelo consumo. "O cenário externo não é favorável, o
deficit externo nos deixa gravíssima vulnerabilidade, pressionando o
câmbio. O Banco Central atira de forma equivocada no que é inflação de
custo provocada pelo câmbio, dissuade o crédito e o investimento",
afirmou.
Embora crítico à condução da economia, Ciro disse que "na política" é
solidário à presidente. "Eu não vou deixar de perceber que a presidente
Dilma nega o retrocesso, a volta ao passado, a perversão neoliberal nas
companhias que o Eduardo está escolhendo modernamente", disse, em
referência à recente aproximação entre Campos e o PSDB.
Fonte: Diário do Nordeste.
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